" Chegue bem perto de mim. Me olhe, me toque, me diga qualquer coisa. Ou não diga nada, mas chegue mais perto ".

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Certeza

Deixe-me!

Peço
Suplico
Imploro!
Não me deixe!

Volte!

Volte
como um brisa,
leve e passageira...
Venha
quase como uma locomotiva
ou tão rápido quanto a luz!

Não me importa,
mas venha!
Venha como quiser,
mas não deixe de vir!

Depois, vá!
Suma!
Desapareça!
Que é pra eu sentir saudades...

E quando meu peito já não aguentar mais
quando meu coração já estiver tão apertado que quase não pulsar mais...
Volte!
E fique
por um tempo...
E não me deixe nunca!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Outro dia eu estava ouvindo Ana Carolina. Beatriz. Linda. Quem nunca ouviu, deveria ouvir, e logo! Mas enfim, isso não vem ao caso. O que me levou a escrever aqui hoje foi a declaração que ela fez após cantar a música, que foi gravada em um show. Não direi nada sobre o texto... Cada um que faça sua própria interpretação (e me contem depois, sou curiosa!).

Só de sacanagem
“Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta à prova? Tudo isso que está aí no ar, malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro, do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramenta pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz! Meu coração tá no escuro! A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e os justos que os precederam. Não roubarás! Devolva o lápis do coleguinha! Esse apontador não é seu, minha filha!
Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem! Dirão: ‘Deixa de ser boba, desde Cabral que aqui todo mundo rouba!’ E eu vou dizer: ‘Não importa, será esse o meu carnaval!’ Vou confiar mais e outra vez, eu, meu irmão, meus filhos e meus amigos. Vamos pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre... ético e o escambal. Dirão: ‘É inútil, todo mundo aqui é corrupto, desde o primeiro homem que veio de Portugal’. E eu direi: ‘Não admito! Minha esperança é imortal. E eu repito, ouviram? Imortal!’ Sei que não dá pra mudar o começo, mas se a gente quiser, vai dar pra mudar o final!”.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Esquecer ...

Esquecer: Sair da memória; fazer com que alguma coisa saia da lembrança.
Se, esquecer completamente de alguém é tirar da memória, então para mim é impossível que exista tal realidade.


Nunca esqueci os meus amores!
Não que tenham sido muitos, mas os poucos que tive, nunca os [esqueci.
E nunca os esquecerei.
Lembrarei-me sempre de cada um deles.
Seus defeitos castos e vigorosos
Suas virtudes deformadas e imperfeitas
Apaixonantes!

Ah, meus amores...
Quanto do meu tempo perdi contemplando-os
Quanto do meu tempo perdi adimirando-os
Quanto do meu tempo perdi pensando e pensando e pensando e [pensando
No nosso amor
Que muitas vezes era só meu!
Mas eu perdia o meu tempo mesmo assim

Ah, meus amores...
Se soubessem quanto do meu tempo perdi com vocês
Talvez jamais tivessem me deixado
Ou talvez me deixassem mesmo assim

Mas,
Ah, se soubessem...
Que diferença faria!
Quantos pensamentos eu mais teria!
Quantos amores eu mais viveria!

Ah, meus amores...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Início

Há algum tempo que venho pensando em criar um blog...
Hoje, enfim, decidi. E aqui estou eu!
Ainda não defini pra quê servirá esse espaço extamente! Por isso, no começo talvez as idéias fiquem meio bagunçadas... Mas com o tempo, tudo se ajeita! Portanto, paciência!

Bom, para inaugurar, posto aqui um texto (narrativa/crônica/conto, sem definição, talvez) que não sei se é apenas um início que talvez nunca tenha fim, ou se é o fim que talvez nunca tenha início. Um dia decido ...



Finalmente a dor acabou. Ele havia esperado muito tempo por esse dia; o dia em que tudo teria um fim. A luz se apagou, o amor terminou, a vida parou. Ele não queria mais sofrer, ele não podia mais amá-la. E, no escuro mundo em que vivia, agora finalmente poderia esquecê-la.

(13/12/06)